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“O futuro dos aprendentes de português”

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José Wong
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Vanessa Lam
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Flávio Wong
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Inês Feng
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Por iniciativa do Departamento de Português da Faculdade de Letras da Universidade de Macau teve lugar, no dia 9 do corrente mês, um encontro de licenciados em estudos portugueses com os estudantes de português, com os primeiros partilhando os seus métodos de estudo e as suas experiência de trabalho em vários sectores sociais. O encontro atraiu muitos alunos, que gostavam de conhecer o papel desempenhado pelos colegas mais velhos na divulgação da língua Portuguesa e culturas em Português e na cooperação económica e comercial entre a China e os países lusófonos, além de ter uma ideia sobre o mercado de emprego e sobre a sua futura carreira relacionada com a língua portuguesa.

No encontro, a Directora da Faculdade de Letras, Professora Doutora Jing Honggang, lembrou que quando ela ensinava na Universidade nos Estados Unidos, os licenciados costumavam enviar DVDs para partilhar experiências de trabalho com os estudantes da universidade, o que isso os ajudavam a abrir os horizontes e alagar a visão.

“Estando a cultivar plantas no pomar de videira, os estudantes de português têm de aprender técnicas e experiências dos outros para cuidar bem das plantas para uma produção dos melhores frutos”, descreveu o Director do Departamento de Português, Professor Doutor Yao Jingming que acrescentou: “Os colegas mais velhos servem-lhes de fertilizantes e os quatro licenciados representam as quatro possibilidades futuras dos actuais alunos entrando na função pública como tradutores e intérpretes ou no ensino como professores ou muito mais…”.

Os licenciados são: Dr. Wong Chang Chi (José), diretor substituto do Centro da Difusão de Línguas da DSEJ; Dra. Lam Leng Leng (Vanessa), tradutora‐intérprete do Conselho do Património Cultural de Macau; Dr. Wong Ka Meng (Flávio), tradutor‐intérprete da Assembleia Legislativa e a Dra. Feng Xiao Ze (Inês), sub‐diretora do Centro de Cooperação e Intercâmbio Internacional do Parque Industrial de Ciência e Tecnologia de Medicina Tradicional Chinesa (Guangdong‐Macau) Co,. Ltd.

Dr. Wong Chang Chi, Diretor substituto do Centro da Difusão de Línguas da DSEJ

Título da apresentação: A aprendizagem e o ensino da língua portuguesa:

Sendo um dos primeiros graduados do Departamento de Português da Universidade de Macau, Wong Zaangzi disse : "Para mim, foi realmente à sorte tornar-me professor de português, dado que naquela altura havia poucos empregos para os graduados do DP enquanto que actualmente, como a língua Portuguesa está cada vez mais conhecida, está aumentando a procura dos professores de língua ao nível do ensino superior e a outros níveis. Ele disse ainda : "Ao longo dos anos, a experiência do ensino da língua faz com que eu sinte valor e prazer na minha profissão pois também aprendi maneiras de lidar com os alunos jovens." Além disso, ele enfatizou que os alunos mais novos do DP, os quais aprendem para serem professores, se dedicariam ao ensino com empenhamento.

Revendo aqueles quatro anos na UM, ele agradeceu os métodos pedagógicos adequados dos seus professores, porque asseguraram o seu interesse permanente pelo estudo desta língua desde o início da faculdade. Ele compartilhou francamente com os alunos presentes as experiências e técnicas que ele usou durante o estudo de português. Ele enfatizou a importância da conciliação entre o estudo e a vida e lembrou os alunos de que não se satisfizessem com o português apenas ao nível de comunicação básica e que não se importassem com o processo lento da sua aprendizagem comparado com o de outros alunos. Ele riu-se e disse: "No autocarro, costumo prestar atenções às conversas dos falantes de português e ao mesmo tempo, vou fazendo mentalmente uma interpretação imediata. Além disso, também vejo televisão e leio jornais em português. O bom resultado de português vem da insistência permanente no estudo. "

Durante os catorze anos do ensino de Português, a língua já se tornou numa parte inseparável da sua vida "o português faz-me realizar o valor próprio e me traz sentimentos de sucesso na minha carreira académica e profissional, e o mais importante é deixar-me entender a sabedoria: o especialista é quem faz bem uma coisa só", assegurou ele.

Dra. Lam Leng Leng, tradutora‐intérprete do Conselho do Património Cultural de Macau;

Título da aprensentação: A oportunidade para os licenciados em estudos portugueses em Angola

Expriente em tradução e interpretação simultânea, a Dr.ª Lam Leng Leng (Vanessa)  trabalhou em Angola e agora a sua vida está estreitamente associada ao país. Ela resolveu a ser professora de língua Portuguesa após o curso da universidade, uma vez que tinha interesse pela língua Portuguesa quando era criança. No entanto, na última entrevista profissional para professores da língua portuguesa, perdeu a oportunidade de ser uma professora na competição com um falante nativo da língua. Desiludiu-se e então o seu sonho ficou frustado.

Porém, o fracasso pode tornar-se numa fortuna um dia. Apesar de se sentir frustada, continuou a procurar emprego e descobriu, em jornais, uma publicidade em que se recrutava intérpretes de Português para Angola. Com o incentivo do seu namorado, que agora é seu marido, decidiu sair da China para trabalhar naquele país. Mesmo que seja difícil a vida lá no início, eles esforçaram-se a trabalhar integrando-se na sociedade angolana.

Vanessa disse que naquela altura tinha apenas 22 anos e por isso não era respeitada pelos colegas da empresa, mas ela não se importava com isso e deu mais valor ao seu trabalho.

Na sua opinião, foi uma sorte que conhecia o seu patrão que a ajudou muito no trabalho e lhe ensinou várias estratégias importantes de gestão. Ela sublinhou que a língua portuguesa é uma ferramenta que facilita a comunicação com os povos dos países lusófonos. Além de ler livros em português nos tempos livres, também tentou conversar com os habitantes locais com o objectivo de praticar a oralidade e integrar-se na comunidade angolana o mais rápido possível. 

No encontro, Vanessa também estimulou os alunos licenciados presentes a sair da China e tentar enfrentar os desafios sem receio.

Ela afirmou: “Uma das vantagens de trabalhar nos países estrangeiros é uma boa remuneração. Hoje em dia, o governo Chinês tem vários projectos em Angola, como o Acordo do Desenvolvimento Económico e Comercial entre a China e os países lusófonos. E nesse caso, a necessidade de tradutor e intérprete aumentou, o que é uma grande oportunidade para os alunos licenciados da língua portuguesa da nossa universidade.” 

Também confirmou que os gestores chineses preferiam alunos de Macau pela cordialidade e responsabilidade deles. No final do encontro, incentivou os alunos presentes a candidatarem-se à sua empresa para trabalhar com ela. 

 

Dr. Wong Ka Meng (Flávio), tradutor‐intérprete da Assembleia Legislativa (e anteriormente no P&P Escritório de Advogados)
Título da Apresentação: A minha experiência no curso de formação de intérpretes organizado conjuntamente pela SAFP e a EU

Citando o “Pomar de Videira”, a descrição do Professor doutor Yao Jingming, Flávio classificou-se como uma uva não-madura. O escritório de advogados foi o seu primeiro emprego. No atendimento dum telefonema, ele saboreou o primeiro fracasso e não percebeu o que o senhor disse ao telefone. Num treino de interpretação em Bruxelas, o formador avaliou a tradução dele dizendo-lhe que não havia compreendido a ideia, mas sim só palavras isoladas. Essas experiências desagradáveis como intérprete fizeram com que percebesse que um intérprete profissional devia adquirir técnicas de comunicação, além de competência em falar e escrever.

Com tanto esforço, ele conseguiu ter boa colheita de uvas maduras. Sendo um aluno do 4º Curso de Formação de Intérpretes, ele classificou-se em 1º lugar na interpretação e outra licenciada da Universidade de Macau em 1º lugar na tradução. Ele estimulou os alunos a acreditar que a qualidade dele não é pior do que um aluno de outras instituições de ensino e as condições da UM podem torná-los os melhores.

Quanto às experiências de aprendizagem, ele manifestou-se de acordo com o Dr. Wong Chang Chi de que é preciso ir praticar português com os professores, além de assistir ao telejornal, usando os textos em chinês e em português para fazer uma comparação. Ele sustenta que os jovens devem ir para a Europa e a África, pensando mais longe e não só olhando para Macau.

Feng Xiao Ze (Inês), sub‐diretora do Centro de Cooperação e Intercâmbio Internacional do Parque Industrial de Ciência e Tecnologia de Medicina Tradicional Chinesa (Guangdong‐Macau) Co,. Ltd.


Título da apresentação:  Perspetivas do mercado de emprego dos estudantes do interior da China em Macau

Após a graduação, a Drª Feng Xiao Ze (Inês) participou na tradução do livro de história “Os Ouvidores de Macau” e do romance “O Homem que Sabia Javanês”. Na opinião dela, como a maioria das leis de Macau é escrita em português, os alunos da China continental têm muita oportunidade em conseguir um emprego que tem a ver com leis. Além disso, é necessário saber que a interpretação e a tradução são coisas diferentes, especialmente no caso dos intérpretes de congresso ou conferência, por exemplo deve-se utilizar uma linguagem muito concisa e exacta para fazer tradução. No que diz respeito ao seu trabalho, Inês considerou que o trabalho como assistente do presidente da empresa tinha oferecido as estratégias de tradução e de resolução de problemas e, ao mesmo tempo, tinha melhorado a sua capacidade de interpretação. 

Inês estimulou os alunos a irem para os países africanos onde as perspectivas do desenvolvimento económico são melhores. Ela esperava que os alunos da China continental em Macau pudessem aproveitar a cidade de Macau como uma plataforma de comunicação entre a China e os países lusófonos para conseguir mais oportunidade de trabalho e utilizar a língua como ferramenta no trabalho, em vez de estarem dependentes apenas aos empregos em Macau.

O Departamento de Português dedica-se à divulgação da cultura em português e formação de bilingues de Chinês e Português. Os alunos graduados trabalham principalmente na função pública, nos sectores de tradução, comércio, dos jogos e turismo, sendo ponte do desenvolvimento e da cooperação entre Macau e os países lusófonos. Alguns estudantes graduados escolhem fazer mestrado na Universidade de Lisboa, Universidade de Coimbra, Universidade do Minho e Universidade de São Paulo. 



Origem de notícias: Departamento de Comunicação

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10/11/2016